Claro que sinto e bem
A dor do que passou
E da pena o coração
Ainda não se livrou,
Quase que lhe desejo
Que precise de mim
Ter assim o ensejo
De lhe dizer que sim,
Encanta-me o seu ser
Mas tenho tanto medo
Quanto desejo tenho
De retomar o enredo,
Representar outra vez
O papel de cavaleiro
Que da dama tem o lenço
E cujo golpe é certeiro,
Soube-me isso tão bem
Que nem disso sei falar
Talvez o tempo, o frio
A levem nisso a pensar,
Pois das que já esculpi
A peanha que lhe fiz,
Cinzelada com estima
É a de uma obra-prima
E só com ela condiz.
30-11-2019 - 16.20
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