quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Musa #439


E por fim a realidade
Dessa solidão crua
É que passa o Natal
Com os sem-abrigo, na rua,

De família, nem sinal
E às mesas o seu lugar
Nem reservado fica
Tal a certeza de não estar,

Assim mergulha de novo
Na sua morna solidão
Hetera, escrava e musa
E pela mesma razão,

Isolada, mulher-força
Chorará mas no recato
Dum amor imaginado
E de um vazio no prato,

Um dia vamos talvez
Passar o nosso Natal!
Que teremos a perder?
Está tudo perdido afinal...

28-11-2019 - 09.55

Sem comentários:

Enviar um comentário