E por fim a realidade
Dessa solidão crua
É que passa o Natal
Com os sem-abrigo, na rua,
De família, nem sinal
E às mesas o seu lugar
Nem reservado fica
Tal a certeza de não estar,
Assim mergulha de novo
Na sua morna solidão
Hetera, escrava e musa
E pela mesma razão,
Isolada, mulher-força
Chorará mas no recato
Dum amor imaginado
E de um vazio no prato,
Um dia vamos talvez
Passar o nosso Natal!
Que teremos a perder?
Está tudo perdido afinal...
28-11-2019 - 09.55
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