Sinto tantas saudades tuas, meu pai
Trave mestra dessa vida que ruiu,
Sei que não sou dessa madeira
De que eras feito, nessa maneira
E toda a minha estrutura caiu,
É por isso que sonho contigo
Peço desculpa por te chamar,
Sei que te devia deixar em paz
Mas o meu íntimo só traz
Vontades de te encontrar,
Não sou mais que um fantasma
Que assombra sítios antigos,
Buscando um onde passado
Que não vai a nenhum lado
Só o relembrar dos amigos,
E lá estavas tu em casa
Esperando que eu visse,
O teu poder de serrote
Cortando certo um barrote
De modo a que eu assistisse,
E muitas vezes o fiz
Com atenção aos pormenores,
Foi assim que aprendi
A ser um émulo de ti
E guindar voos maiores,
Neste momento de aflição
Sabendo que há muito partiste,
Dá lá um toque ao patrão
Para que nesta situação
Me dê a força que resiste,
Ouve meu querido pai
Sei que eras um como eu,
Aqui sofrendo sem fim
Uma vida atroz que te doeu
Sabes o que isto deu, por fim.
13-5-2016
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