A preocupação nunca acaba,
Por vezes arredada para as franjas da inconsciência,
Lá permanece até que o tempo lhe dá força para surgir de novo.
Pressão que nos impele a rasgar o dia-a-dia,
Ou sou eu, ou os outros ou algo que não sabia.
Lá vem ela assim que acordo
E só se despede quando o sono a vem remover.
Ou é isto ou aquilo,
E sobre mim se vem estender ,
Abarcando a existência,
Numa tenaz insolência que não se pode repreender,
A incompleta sobriedade
A inconstância do ser
São um pesado ónus que a preocupação factura
Força resistente que perdura
Companhia presente e futura,
De que só o passado mostrou não ter consciência
Arquivo morto da existência
Que uma infeliz apetência a minha vida marcou,
Preocupação e saudade,
Entroncamento de emoções
Mistura instável e explosiva
Dor cruel e abusiva
Sem remédios nem soluções.
2-8-2007
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