Essas entidades infernais a que se chama empresas
nunca poderão substituir a luz do sol, o marulhar do oceano e enfim
todas as coisas simples da vida a que são completamente alheias, e adversas.
Inventadas por seres ambiciosos que há muito deixaram a face da terra
mas cujo testemunho passaram à estirpe a que chamamos empresários
um legado genético pernicioso de funestas consequências.
Continuam a estender a sua nefasta influência neste planeta massacrado
impunemente produzindo venenos inimagináveis a partir de outros letais.
Rasgando as entranhas da terra para extrair o ouro de que se alimentam abandonam as feridas como um toureiro que deixa o touro na arena após a estocada final, pronto para mais uma lide.
Essas entidades sem existência real, baseadas na burocracia, dominam o mundo actual como se herdeiras fossem da existência humana.
Virtuais e como tal efémeras, surgem tão depressa como desaparecem deixando o rasto de miséria que é seu apanágio e imagem de marca.
Criadas por seres que pouco ou nada têm de humano, não poderão nunca aspirar a uma existência real pois o papel arde deixando apenas cinzas.
Que razões assistem a este culto actual a estas entidades perigosas e tenebrosas cujos benefícios nunca conseguem cobrir as desgraças que provocam e programam?
2004
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