A casa sem ti está vazia pai
Apenas cheia da tua ausência,
Está aqui a mãe que ficou
Mas que nunca recuperou
Por completo a consciência,
Estavas já num outro lado
E ela acordava ansiosa,
Pelos débeis resultados
Pela medicina apresentados
Na solução medicamentosa,
Tu eras uma trave que ruiu
E que sustentava a estrutura,
Eu só consigo esta vivência
Porque me sirvo da experiência
De conviver com a loucura,
Deu cabo de ti e de outros
E mais que nessa via privem,
Presos num limbo inatingível
São o espectáculo horrível
Dos mortos que ainda vivem.
2011
"dos mortos que ainda vivem." É belo e sentido tudo o que escreves sobre os teus pais.
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