Quem pensar que o infinito
Relega por fim ao olvido,
Esse atro mal lá no peito
E todo o mal dito e feito...
Sim! Aquele mal sentido!
Aquele mal apenas feito
Com o fito de fazer doer,
Para ir vendo, com delícia
Os resultados da sevícia
Em quem se faz sofrer!
Aquele negrume do coração
Que incha de tanto ódio,
E se puder, quando calha
Exibe-o como medalha
Troféu de chumbo no pódio...
Redondamente se engana:
O infinito nada esquece,
O universo tudo regista
Mal e bem na mesma pista
Mesmo a vida que oferece…
E a fetidez do mau íntimo
Ressuma a tal pestilência,
A do seu negro coração
Que obra no raio de acção
Para obstar à existência...
E o nariz com seu olfacto
Ao essa fedentina sentir,
Sem fazer uma pausa
Pôs mesmo em causa
Que tal pudesse existir...
E a paga, essa vai chegar
E o coração logo a sentirá,
Já reclamar lhe apetece
Mas só o inferno merece
E nunca, nunca de lá sairá!!!!!
9-9-2019 – 13.05
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