Admiro os alquimistas
Pois aludem a arquétipos
Que são a matéria-prima
Dos ímpetos peripoéticos,
Artistas do gaio saber
Sabem falar sem dizer
E fazem uns desenhos
Difíceis de compreender...
Com efeito assim é
A pedra filosofal obtida
Não pode ser objecto
De uma qualquer sortida,
No âmbito do futebol
Da poder e do dinheiro,
Só da impecabilidade
É o resultado verdadeiro,
A verdadeira e real obra
Ars magna dos alquimistas
Foi, é e sempre será o fruto
Das interiores conquistas...
Escondida no segredo
Da verdade mais patente
É aos tolos exibida nua
E mostrada a toda a gente,
Mas ninguém sabe o que é
E a falta de objectividade
Fá-los andar em círculos
Sempre à volta da verdade,
Não inferem que o centro
De toda e qualquer acção
Permanece sempre imóvel
Como móbil da rotação,
Que só a ele se deve
A existência do mundo
E a sua ignorância total
É o erro mais rotundo,
Quem não entende a vida
Quem em si não a percebe
Não pode esperar descobri-la
E nem o infinito intercede,
Escusam de pensar no ouro
De chumbo fazer provisão
O carro à frente dos bois
Nunca será a solução...
Deixá-los pois procurar
E gastar as energias
As suas arcas do tesouro
Continuarão vazias...
31-8-2019 – 22.10
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