Que é desses ondes e quandos
De todas aquelas que amei?
Quandos e ondes nunca foram
Pois nunca reais os tornei...
Passam por mim essas faces todas
Testemunhas do meu desespero
De amar tantas que não conheci
E com denodado esmero...
Como aquela gema rara e pura
Que do nada surgiu, esplendorosa
E depois afinal vir a saber
Que o seu nome era: - Preciosa!
Foi uma entre as que conheci
Quais luxos faustosos e caros
Muitas delas nunca mais vi
Pois os reencontros são raros...
Novo, andei nas ruas da vida
Sempre inspirado na beleza
E cada vez que dava com ela
Deleitava-me ao ter a certeza,
Que ia beber uma outra água
E exclusiva para cada sede
A sede que tem um adolescente
Feliz na corda bamba, e sem rede...
Sim, eu sei, tudo isso passou
Mas... por vezes ressuscita
É a beleza do amor que eu vou
Averiguar se ainda me habita,
O singular alor, a adulta sensação
Que então alberguei no peito
De unir o espírito ao corpo
Como num amor-perfeito...
Sim, fiz magia se isso o era
Mas então eu só me apercebia
Da beleza a abrir-me o coração
Que dessa perfeição se nutria,
Eu amei muito, dei muito de mim
Só que nessa altura já sabia
Que a questão não era só dar
Era feliz com o que recebia...
16-9-2019 - 14.15
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