domingo, 27 de outubro de 2019

Amor Pristino

Que é desses ondes e quandos
De todas aquelas que amei?
Quandos e ondes nunca foram
Pois nunca reais os tornei...

Passam por mim essas faces todas
Testemunhas do meu desespero
De amar tantas que não conheci
E com denodado esmero...

Como aquela gema rara e pura
Que do nada surgiu, esplendorosa
E depois afinal vir a saber
Que o seu nome era: - Preciosa!

Foi uma entre as que conheci
Quais luxos faustosos e caros
Muitas delas nunca mais vi
Pois os reencontros são raros...

Novo, andei nas ruas da vida
Sempre inspirado na beleza
E cada vez que dava com ela
Deleitava-me ao ter a certeza,

Que ia beber uma outra água
E exclusiva para cada sede
A sede que tem um adolescente
Feliz na corda bamba, e sem rede...

Sim, eu sei, tudo isso passou
Mas... por vezes ressuscita
É a beleza do amor que eu vou
Averiguar se ainda me habita,

O singular alor, a adulta sensação
Que então alberguei no peito
De unir o espírito ao corpo
Como num amor-perfeito...

Sim, fiz magia se isso o era
Mas então eu só me apercebia
Da beleza a abrir-me o coração
Que dessa perfeição se nutria,

Eu amei muito, dei muito de mim
Só que nessa altura já sabia
Que a questão não era só dar
Era feliz com o que recebia...

16-9-2019 - 14.15

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